Pages

quinta-feira, 29 de março de 2012

O Gaucho e o Cavalo (Os Monarcas)

Me cansei de patacoadas
E fandango sem rodeios
Tardes de falsos campeiros
E montão contra o confreio

Chega de brutalidades
De rasgar cavalo ao meio
Porque cavalo e gaúcho
Desta pátria são esteio

Quem sou eu sem meu cavalo
O que será dele sem mim
Talvez dois seres perdidos
A vagar pelo capim

Quem sou eu sem meu cavalo
O que será dele sem mim
Porque quando morre um cavalo
Morre um pedaço de mim

Nunca se monta num potro
Sem antes amanuncia-lo
Parceiro a gente conquista
Não prende a força de piago

Tem que respeitar o amigo
Que nos serve de regalo
até nossa independeria
Foi feita sobre o cavalo

Quem sou eu sem meu cavalo
O que será dele sem mim
Talvez dois seres perdidos
A vagar pelo capim

Quem sou eu sem meu cavalo
O que será dele sem mim
Porque quando morre um cavalo
Morre um pedaço de mim

Um gaúcho sem cavalo
É um arreio sem estribo
É igual a um pajé solito
Sentindo a falta da tribo

É mutante sem destino
Que não acha lenitivo
É um ser sem ideal
Que não honra o chão nativo

Quem sou eu sem meu cavalo
O que será dele sem mim
Talvez dois seres perdidos
A vagar pelo capim

Quem sou eu sem meu cavalo
O que será dele sem mim
Porque quando morre um cavalo
Morre um pedaço de mim

Quem sou eu sem meu cavalo
O que será dele sem mim
Talvez dois seres perdidos
A vagar pelo capim

Quem sou eu sem meu cavalo
O que será dele sem mim
Porque quando morre um cavalo
Morre um pedaço de mim


Nenhum comentário:

Postar um comentário